VOLTA RÁPIDA: KIA OPTIMA TEM APARÊNCIA AGRESSIVA. SÓ ELA


Primo-irmão do Sonata, o novo sedã coreano se impõe pelo desenho


   Kia Optima


O Ford Fusion está prestes a ser substituído, mas ainda é o carro a ser batido: tem desempenho, estilo que continua chamando atenção, bom conjunto de suspensão e, seu maior trunfo, o preço de tabela de R$ 83.660. E aqui entra o Kia Optima: o sedã importado da Coréia do Sul acaba de chegar com o objetivo de disputar compradores do Fusion. Será difícil. Apesar de ser o segundo sedã médio-grande mais barato do mercado (a partir de R$ 96.900), a diferença de preço para o Ford ainda é grande.


A Kia parece não estar preocupada: a empresa deve esgotar a cota de importação a que tem direito este ano, de 3.200 unidades do Optima, 355 carros por mês. OFusion vendeu, em média, 800 unidades em 2011.
O grande rival do modelo, será, deste modo, um quase igual – o Hyundai Sonata, feito sobre a mesma plataforma do Optima e vendido a R$ 97.250. Mas, seja qual for a batalha, não é o preço o que mais vai pesar. É o desempenho.

  Kia Optima

Giro alto


Com o mesmo estilo agressivo, embora com linhas mais limpas que as do Sonata, o Optima passa a sensação de velocidade mesmo parado. Traz rodas esportivas de aro 18, linha de cintura alta, com uma queda de teto que faz ele parecer mais com um cupê do que com um sedã, e a dupla saída de escapamento. Mas, ao volante, a conclusão é que existe uma preocupação maior com conforto do que com o tempo que você vai levar para chegar do ponto A ao B.

O motor 2.4 de quatro cilindros e 180 cv a  6.000 rpm e 23,6 mkgf a 4.000 rpm é bem disposto, mas só em giros altos. Há falta de torque em baixa, apesar do coletor de admissão variável e do duplo comando variável de válvulas, recursos criados justamente para suprir a falta de disposição em baixa, entre outros benefícios. O câmbio automático de seis marchas também não ajuda muito por não ter programa esportivo, apenas a possibilidade de trocas manuais – que demoram a acontecer.

A falta de vocação esportiva também fica clara pela calibragem de suspensão que, apesar de firme, é voltada para conforto. Não chega a ser tão macia que leve a carroceria a adernar nas curvas, mas faz os ocupantes do banco traseiro sentirem que o carro flutua depois de algum desnível na pista. Seria ainda mais confortável se o carro tivesse pneus mais altos, em vez dos 225/45 R18 – mas isso obrigaria ao uso de rodas 17, item que provavelmente não seria aprovado pelos compradores do modelo.

Kia Optima

O foco em conforto está presente na boa qualidade dos materiais de acabamento, com duas opções de cor de interior. Mas nem tudo é como deveria ser. O banco do motorista tem comando elétrico e duas memórias, mas o do passageiro tem regulagem manual. 

O painel de instrumentos traz uma ótima iluminação vermelha, mas parece simples para um carro desta categoria. As primeiras unidades que chegaram por aqui vieram sem navegador, item que deve começar a ser oferecido no começo do segundo semestre. Se você busca uma versão mais completa, deve pagar R$ 105.900 e levar teto solar panorâmico, faróis de xenônio e smart key, itens que carros mais baratos oferecem de série em certas versões.

Não são esses aspectos, no entanto, que inibirão as vendas da novidade: o Optima tem belo desenho. Neste segmento, talvez valha mais parecer do que realmente ser.


Kia Optima

fonte: Car and Driver




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